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Assuntos e Exercícios
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- .............sc
- .............c / qu
- .............o / u
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- 3. Análise Morfológica
- .............Artigo
- .............Substantivo
- .............Numeral
- .............Adjetivo
- .............Pronome
- .............Verbo
- .............Advérbio
- .............Conjunção
- .............Preposição
- .............Interjeição
- 4.1 Regência Nominal
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Análise Sintática: Termos Integrantes
Termos Integrantes da
Oração
São
termos que servem para complementar o sentido de certos verbos ou nomes, pois
seu significado só se completa com a presença de tais termos. Os termos
integrantes da oração são:
1.
Complemento Verbal
Objeto Direto:
Termo não regido por preposição. Completa o
sentido do verbo transitivo direto.
Ela
vendia doces.
(quem
vende, vende algo)
Eles
esperavam um
amigo.
(quem
espera, espera alguém)
OBS:
Quando se quer dar ênfase, o objeto direto pode aparecer repetido na oração. Neste
caso, será chamado de objeto direto pleonástico.
Eu comprei este livro
ontem.
(quem
compra, compra algo)
Este livro, eu o comprei ontem.
Sabemos que objeto direto é o complemento que se liga ao verbo diretamente, isto é, sem o auxílio de preposição. Entretanto, há exceções em que o objeto direto pode aparecer precedido de preposição, geralmente a preposição a, sem que isso o transforme em objeto indireto. Neste caso, será chamado de objeto direto preposicionado.
Eu
amo a Deus sobre todas as coisas.
(Quem ama, ama alguém, não
a alguém.)
O verbo amar é transitivo direto (X ama Y), mas
mesmo assim apareceu a preposição a. Como você vê, existem contextos em que podemos empregar a
preposição em relação a complementos que se ligam a verbos transitivos diretos.
Normalmente, quando isso acontece, há razões semânticas por trás do
preposicionamento desse objeto direto. Há casos em que o uso do objeto direto
preposicionado é facultativo, e outros em que tal uso pode ser considerado até
mesmo "obrigatório", uma vez que sua função é promover a desambiguação da frase. Vejamos mais
detalhadamente como isso se processa:
Uso facultativo:
• Com o pronome todos:
Márcia beneficiou todos.
(Quem beneficia,
beneficia alguém)
Márcia beneficiou a todos. (Obj. Dir. Prep.)
• Com verbos que exprimem sentimentos:
A garota amava os que a
rodeavam.
Detesto Paulo e a sua corja.
(Quem ama/detesta, ama/detesta
alguém)
A garota amava aos que a rodeavam. (Obj. Dir.
Prep.)
Detesto a Paulo e à sua corja.
(Obj. Dir. Prep.)
• Nas antecipações do objeto, comuns em
provérbios:
O boi pega-se pelo corno e o homem, pela palavra.
Ao boi pega-se pelo corno e ao
homem, pela palavra. (Obj. Dir. Prep.)
• Como reforço à clareza:
Cumprimentei-o e os que com ele estavam.
Expulsou-o e os comparsas.
Sem a preposição,
podemos imaginar que o segundo elemento do objeto direto seja sujeito de uma
oração que está faltando verbo.
Cumprimentei-o e aos que com ele estavam. (Obj. Dir. Prep.)
Expulsou-o e aos comparsas. (Obj. Dir. Prep.)
Uso obrigatório:
• Para evitar
ambiguidade, mais precisamente, para não haver confusão entre o sujeito e o
objeto.
Daniel,
Mariana contratou.
O
urso, o caçador surpreendeu.
Sem a preposição,
teríamos a possibilidade de entendimento ambíguo. Neste caso, não se teria
certeza de quem contratou quem nem quem surpreendeu quem. É claro que, como
você já deve ter se questionado a essa altura, a ordem direta das frases
resolveria muito bem a dificuldade:
Mariana contratou Daniel.
O caçador surpreendeu o urso.
Mas se o escritor quiser
manter a ordem inversa, a preposição é indispensável para a clareza da frase.
A Daniel,
Mariana contratou. (Obj. Dir. Prep.)
Ao urso,
o caçador surpreendeu. (Obj. Dir. Prep.)
• Quando o objeto direto é constituído de formas pronominais oblíquas tônicas.
Viu-me
e a si própria refletidos no espelho. (Obj. Dir. Prep.)
(Quem
vê, vê alguém)
Escolheu a eles seus
conselheiros. (Obj. Dir. Prep.)
(Quem escolhe, escolhe
alguém)
Sem a preposição, usa-se o pronome oblíquo átono:
Escolheu-os seus conselheiros.
• Quando se quer indicar ideia de parte, porção
usando verbos como comer e beber.
Gertrudes
comeu a torta.
Miguel
bebeu o chá.
Esses verbos são
claramente transitivos diretos e
consideramos que os sujeitos consumaram
a ação, ou seja, comeram e beberam tudo. Agora observe os seguintes
exemplos:
Gertrudes
comeu da torta.
Miguel
bebeu do chá.
Entendemos, nessas novas
versões, que ambos os sujeitos comeram e beberam parte da torta e um pouco do
chá, funcionando o objeto direto preposicionado, nesse caso, como indicador de
partitivo.
• Quando o objeto
direto é a palavra ambos.
A
chuva molhou a
ambos.
• Quando o objeto
direto é formado pelo pronome relativo QUEM.
Queremos
conhecer o
professor a quem admiras
tanto
Objeto
Indireto: Completa o sentido do verbo
transitivo indireto e é regido por preposição.
Aline
gosta de
frutas.
(Quem
gosta, gosta de algo)
Não
confio em
políticos.
(Quem
confia, confia em alguém)
OBS:
O objeto indireto pode aparecer repetido na oração para se dar ênfase, trata-se
do objeto indireto pleonástico.
A mim ensinaram-me muito
bem.
(Quem
ensina, ensina a alguém)
2.
Complemento Nominal
É
o termo que completa o sentido de nomes (substantivos, adjetivos e
advérbios), ligando-se a esses nomes por meio de preposição quando
se comportam de maneira similar aos verbos transitivos.
A
comunidade aguarda a construção
da estrada.
(Se
há construção, há construção de algo)
O
pensamento de Marx
gerou revoluções.
(Se
há um pensamento, há pensamento de alguém)
O
avião fez uma mudança
de rota.
(Se
há uma mudança, há mudança de algo)
O
que essas expressões têm em comum? A resposta é: o fato de trazerem um nome
ligado a um complemento, que chamamos de complemento nominal. Há certos
nomes que apresentam alguma transitividade, isto é, seu sentido fica incompleto
sem um complemento. Por exemplo, tal como o verbo construir
é transitivo e pede complementação (quem constrói, constrói algo), o nome construção
também pede complementação (se há construção, há construção de algo). O
complemento dessas palavras é o complemento nominal.
construir a
estrada -> verbo transitivo direto + objeto direto
construção
da estrada ->
substantivo + complemento nominal
3.
Agente da Passiva
Ocorre
em orações cujo verbo se apresenta na voz passiva a fim de indicar o agente que
executa a ação verbal.
As
terras foram invadidas pelos sem-terra.
A
cidade estava cercada de belezas naturais.
OBS:
O agente da passiva, o objeto indireto e o complemento nominal são regidos por preposição, muitas vezes há dúvidas na diferenciação
dos três. Quando isso acontecer, basta observar o sujeito da oração. Para ser
agente da passiva o sujeito precisa ser paciente.
O
mar recuado procede de
tsunamis. (Obj. Ind.)
(O
que procede, procede de algo.)
O
mar iniciou a elevação
de tsunamis.
(Compl. Nom.)
(Se
há uma elevação, há elevação de algo)
O
mar estava cercado de
tsunamis.
(Ag. da Pas.)
(estava
cercado = voz passiva)
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2 comentários:
Muito bem explicado, com exemplos detalhados.
nos exercícios facultativos,por que esta Detesto a paulo e não o Paulo.
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