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Assuntos e Exercícios
- 1. Acentuação Gráfica
- 2. Ortografia Oficial
- .............x / ch
- .............g / j
- .............c / ç / s / ss
- .............z / s
- .............ex / es
- .............sc
- .............c / qu
- .............o / u
- .............e / i
- 3. Análise Morfológica
- .............Artigo
- .............Substantivo
- .............Numeral
- .............Adjetivo
- .............Pronome
- .............Verbo
- .............Advérbio
- .............Conjunção
- .............Preposição
- .............Interjeição
- 4.1 Regência Nominal
- 4.2 Regência Verbal
- 5. Crase
- 6. Análise Sintática
- 7. Análise Semântica
- 8. Sinais de Pontuação
- 9.1 Concordância Nominal
- 9.2 Concordância Verbal
- 10. Tipologia Textual
- 11. Redação Oficial
- 12. Interpretação de Texto - Exercícios
- 13. Funções da Linguagem
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Regência Nominal
Regência Nominal
Vejamos outro exemplo de erro comum:
Um caso relativamente corriqueiro é o de
construções em que um substantivo comporta dois complementos diferentes regidos
pela mesma preposição, mas o redator troca um desses por outra preposição para
“evitar a repetição”. Atenção: evita-se
a repetição de nomes, mas não a de elementos de coesão, que têm função de
articular sintaticamente as partes do texto. Não é
correta uma construção como a apresentada acima porque os dois complementos
(“governo” e “aumentar a arrecadação”), ambos ligados ao substantivo “intenção”, devem
ser introduzidos pela preposição de. Assim, a construção adequada é :
A regência nominal estuda os casos em que "nomes" (substantivos, adjetivos
e advérbios) exigem
uma outra palavra para completar-lhes o sentido. Em geral, a relação entre um nome e o seu complemento é estabelecida
por uma preposição.
É bacharel em direito. (se é bacharel, é bacharel em algo)
Tenho aversão a altitude. (se tem aversão, tem aversão a algo)
É preciso ter amor a vida. (se tem amor, tem amor a algo)
Fico feliz por você. (se fica feliz, fica feliz por alguém)
Quero sempre estar junto a ti. (se está junto, está junto a alguém)
Cabe observar que certos nomes admitem
mais de uma regência, ou seja, mais de uma preposição. A escolha desta
ou daquela preposição deve obedecer às exigências da
clareza, da eufonia e adequar-se às diferentes nuanças do pensamento, obedencendo à gramática padrão. No exemplo a seguir, o adjetivo "acostumado", que pede um complemento (quem está acostumado, está acostumado "a algo" ou "com algo"), pode ser completado por intermédio de pelo menos duas preposições diferentes:
Estou acostumado a essa vida agitada.
Estou acostumado com o
trânsito de São Paulo sempre travado.
Ao aprender a regência de um verbo, você estará praticamente aprendendo a regência do nome cognato (que vem da mesma raiz do verbo). É o caso, por exemplo, do verbo obedecer e do nome obediente. Este verbo exige a preposição [a], que é a mesma exigida pelo nome derivado do verbo. Ex:
Devemos obedecer a lei.
Devemos ser obedientes a lei.
Da mesma forma, todos os advérbios formados de adjetivos + [mente], tendem a apresentar a mesma regência dos adjetivos dos quais derivaram. Ex:
compatível [com] => compativelmente [com]
relativo [a] => relativamente [a]
próximo [a, de] => proximamente [a, de]
relativo [a] => relativamente [a]
próximo [a, de] => proximamente [a, de]
Por fim, existe também o caso em que o nome é completado por uma outra oração (frase com um verbo). Nestes casos, o complemento será intermediado por preposição e por uma conjunção integrante (que, se) exercendo sua função típica de integrar orações. Trata-se das orações subordinadas completivas nominais. Ex:
Ficamos temerosos de que você demorasse muito.
Ficamos temerosos sobre se você demoraria muito.
Ficamos temerosos sobre se você demoraria muito.
Para identificar facilmente os casos de orações subordinadas substantivas, basta verificar se a substituição da oração pelo termo ISSO é adequada. Ex:
Ficamos temerosos dISSO (de + ISSO).
Ficamos temerosos sobre ISSO.
Ficamos temerosos sobre ISSO.
Erros Comuns
“Quanto você pagaria
por um disco em vinil com uma
música de grande sucesso?”
O emprego da preposição em onde ela não cabe é um erro comum. Com o verbo <resistir> e o substantivo <resistência>, por exemplo, não se deve usar esta preposição. Em vez de “resiste em fazer algo”, o correto é “resiste a fazer algo. Na situação do notícia acima, é clara a necessidade da preposição de. Dizemos que um disco é feito de vinil, que um anel é feito de ouro ou de prata etc. É um erro usar a preposição em indicando a matéria de que algo é constituído. Logo, a frase correta é
"Quanto você pagaria por um disco de vinil com uma música de grande sucesso?"
Vejamos outro exemplo de erro comum:
“A intenção do governo em aumentar a arrecadação é absurda.”
“A intenção do
governo de aumentar
a arrecadação é absurda.”
A regência nominal não é um assunto tão cobrado em
provas, como a regência verbal. Mas pode aparecer. Segue abaixo uma
relação de erros comuns de nomes
que pedem complementos ou adjuntos com preposição e a forma que está de acordo
com a norma culta.
TV (em)
Estamos na era da TV a cores. (errado)
Estamos na era da TV em cores.
Igual (a)
Outro igual eu você
não encontrará. (errado)
Outro igual a mim você não
encontrará.
Bacharel (em)
Se formou como bacharel de ciência
da computação. (errado)
Se formou como bacharel em ciência
da computação.
Alienado (de, a, para)
Estão todos alienados
com os últimos acontecimentos. (errado)
Estão todos alienados dos últimos
acontecimentos.
O veículo está alienado a um
banco.
O veículo está alienado para um
banco.
Curioso (de, sobre, por)
Fiquei curioso com o
que aconteceu. (errado)
Fiquei curioso do que
aconteceu.
Fiquei curioso sobre o que
aconteceu.
Fiquei curioso pelo que
aconteceu.
Recurso (de, contra)
Não cabe recurso à decisão. (errado)
Não cabe recurso contra a decisão.
Não cabe recurso da decisão.
Acostumado / Habituado (a, com)
Fiquei acostumado de lanches na
hora do almoço. (errado)
Fiquei acostumado a lanches na hora do almoço.
Fiquei acostumado com lanches
na hora do almoço.
Ansioso (por, para, de)
Estava ansioso em conhecê-la. (errado)
Estava ansioso de ver o cometa.
Está ansioso por uma nova oportunidade.
Permaneceu ansioso para falar.
Confiante (em)
Continuava confiante da
vitória. (errado)
Continuava confiante em vitória.
Compatível (com, entre)
O doador tinha o sangue compatível
ao da vítima. (errado)
O doador tinha o sangue compatível com o da
vítima.
Os sangues de doador e vítima eram compatíveis entre si.
Entendido, Perito (em)
Era entendido de Mecânica. (errado)
Era entendido em Mecânica.
Era perito em construções.
Incluído (em, entre)
Foi incluído ao grupo. (errado)
Foi incluído no grupo.
Estava incluído entre os mais capacitados.
Morador / Residente / Situado/ Estabelecido (em, de)
Residente à rua
Vila Bernadete. (errado)
Era morador na Rua do Lavradio.
Foi morador da Rua
Santa Clara.
Junto
(de, a)
A cadeira junto da porta estava desocupada. (correto)
A arma se encontrava junto ao corpo da vítima. (correto)
O ex-presidente foi nomeado embaixador junto ao (= adido ao) governo italiano.
A cadeira junto da porta estava desocupada. (correto)
A arma se encontrava junto ao corpo da vítima. (correto)
O ex-presidente foi nomeado embaixador junto ao (= adido ao) governo italiano.
O
empresário não conseguiu quitar sua dívida junto
ao banco. (errado)
O empresário não conseguiu quitar sua dívida com o banco.
Pediu vários empréstimos junto ao banco. (errado)
Pediu vários empréstimos ao banco.
A audiência da novela cresceu assustadoramente junto aos espectadores. (errado)
A audiência da novela cresceu assustadoramente entre os espectadores.
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe junto à Portuguesa. (errado)
O empresário não conseguiu quitar sua dívida com o banco.
Pediu vários empréstimos junto ao banco. (errado)
Pediu vários empréstimos ao banco.
A audiência da novela cresceu assustadoramente junto aos espectadores. (errado)
A audiência da novela cresceu assustadoramente entre os espectadores.
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe junto à Portuguesa. (errado)
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe da Portuguesa.
O advogado entrou com um recurso junto ao tribunal. (errado)
O advogado entrou com um recurso no tribunal.
O advogado entrou com um recurso junto ao tribunal. (errado)
O advogado entrou com um recurso no tribunal.
Próximo (a, de)
Fiquei próximo ao muro.
Deixamos o carro próximo da árvore.
Apaixonado (por, de)
Era um apaixonado da natureza.
Estava apaixonada pelo colega de trabalho.
Apto/Aptidão (a, para)
Farei o teste de aptidão a pilotagem militar
Sempre teve aptidão para as artes
Sentia-se apto ao trabalho
externo.
Considerei-o apto para exercer
a profissão.
Conforme (a,
com)
Assumiu uma postura conforme às suas
raízes. (semelhante)
Essa atitude é mais conforme com seus
ideais. (coerente)
Estudante,
Estudioso (de)
O jornalista é estudioso de ufologia.
Parecido (com,
a)
Era parecido com o avô.
Sendo parecido ao pai, foi aceito logo.
Grato (a,
para, por)
Sou grato a todos neste dia especial.
Sua ajuda é sempre grata para meus
filhos.
Mostrou-se grato pelo conselho
que lhe dei.
Medo (de, a)
O menino tem medo do escuro.
Tive medo ao inspetor.
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23 comentários:
muito bom esse conteúdo,amei
MUITO BOM, OBRIGADO, AJUDAM BASTANTE NOS ESTUDOS!
PARABÉNS MEUS AMIGOS, DE FATO COLABORA BASTANTE PARA O ESTUDANTE. ABRAÇO.
ai que conteudo otimo! adorei! amei!
Melhor resumo que encontrei até agora!!!! Obrigada
Muito bem explicado,dá prazer de estudar. Parabéns!!!!!!!!!
gostei bastante, ótimo para concurso!
Parabéns vocês oferecem um ótimo material para nós alunos estudarmos com aptidão e com muita sabedoria só falta colocarem um Exercício.
Muito bem explicado tirou minhas duvidas sobre o assunto , tenho certeza que vou arrasar na RGB1(Teste de conhecimento ) de amanhã :D
Muito bom o material, graças à Deus entendi o conteúdo!! Deus os abençoe!
Amei, vai me ajudar muito para a minha prova de sábado.
"amor a vida"? Não seria amor à vida?!
amor à vida que Deus me deu. (correto)
amor à vida humana. (correto)
amor a vida. (correto, vida com sentido genérico)
amor a mulher. (qualquer mulher, sentido genérico)
amor à mulher. (mulher específica, ex: esposa)
Mais explicações no tópico sobre crase.
Amei esse blog, excelente. Eu sempre encontrei muita dificuldade com a Gramática devido aos termos técnicos empregados (oração subordinada, locução adverbial, próclise, mesóclise) e eu sou o tipo de pessoa que diante de uma explicação diz: Por quê? - Ah, por isso, aquilo e aquilo e eu pergunto - Mas, por quê? e Por quê?
Amei suas explicações, devo dizer que pela primeira vez compreendi o que é regência, como a crase é utilizada, concordância...
Obrigada por sua dedicação e falando em obrigado deixa eu finalizar com uma pergunta.
É correto utilizar o termo "muitos obrigados" como forma de agradecimento?
Um Abraço!!!
Excelente pesquisa, pois as explicações são simples e claras. Os exemplos são do cotidiano. Parabéns!
Tinha entrado numa porrada de site e não tinha entendido direito. Os exemplos facilitaram muito pra mim.
Obrigado
Abraço
E vejam o final de Naruto !
algum de vcs podem comentar a resposta da seguinte questão:
1) indique a opção incorreta quanto a regência nominal.
a) Meu professor é rico em pensamentos
b) O meu gosto por literatura vem desde criança
c) tenhamos amor com os nossos semelhantes
d)Eles não têm certeza sobre alguma coisa
E) O meu gosto por literatura vem desde criança
c)tenhamos amor com os nossos semelhantes.
Quem tem amor, tem amor "a" algo. O "com" é mais para uso indicando companhia. O sentido correto da frase é ter amor aos nossos semelhantes, não ter amor acompanhados deles.
Tem até um exemplo na terceira frase da primeira caixa de exemplos.
explicações bem claras.valeu
Muito bom o material. Esse site tem me ajudado bastante.
uma dúvida: por que "ser obediente a lei" e não "à lei"?? (o mesmo para o exemplo do obedecer).
ns ruim
Werter, ocorre o fenômeno chamado crase quando se há a junção de duas vogais "a". Neste exemplo, "ser obediente a lei" está num sentido genérico. Se quiséssemos tratar de uma lei em específico, utilizaríamos do exemplo do seu questionamento, pois haveria uma "a" artigo fundindo-se a uma "a" preposição.
ÓTIMO MATERIAL
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