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Assuntos e Exercícios
- 1. Acentuação Gráfica
- 2. Ortografia Oficial
- .............x / ch
- .............g / j
- .............c / ç / s / ss
- .............z / s
- .............ex / es
- .............sc
- .............c / qu
- .............o / u
- .............e / i
- 3. Análise Morfológica
- .............Artigo
- .............Substantivo
- .............Numeral
- .............Adjetivo
- .............Pronome
- .............Verbo
- .............Advérbio
- .............Conjunção
- .............Preposição
- .............Interjeição
- 4.1 Regência Nominal
- 4.2 Regência Verbal
- 5. Crase
- 6. Análise Sintática
- 7. Análise Semântica
- 8. Sinais de Pontuação
- 9.1 Concordância Nominal
- 9.2 Concordância Verbal
- 10. Tipologia Textual
- 11. Redação Oficial
- 12. Interpretação de Texto - Exercícios
- 13. Funções da Linguagem
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Análise Sintática
1. Sujeito
2. Predicado
Objeto Direto e Indireto
Complemento Nominal
Agente da Passiva
Complemento Nominal
Agente da Passiva
Adjunto Adnominal
Adjunto Adverbial
Aposto
Adjunto Adverbial
Aposto
======================================
5.
Frase, Oração e Período
Frase
A
frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua
capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório
para a situação em que é utilizada. É todo enunciado de sentido completo,
podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou
não.
O
Brasil possui um grande potencial turístico.
Rua!
Ai!
O
telefone toca.
Na
língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os
quais procuram sugerir a melodia frasal. O contexto é fornecido pelo próprio
texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam
linguisticamente mais completas que as expressas pela fala auxiliada por gestos
e outras formas de comunicação. Essa maior complexidade linguística leva a
frase a obedecer às regras gerais da língua. Portanto, a organização e a
ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da
língua. Por isso é que, no seguinte exemplo:
(1)
As meninas estavam alegres.
(2)
Alegres meninas estavam as.
Enquanto
(1) constitui uma frase, (2) não é considerada uma frase da língua
portuguesa.
De
acordo com a construção, as frases classificam-se em:
Frase Nominal: é
a frase construída sem verbos.
Fogo!
Belo
serviço o seu!
Trabalho
digno desse feirante.
Frase Verbal: é
a frase construída com verbo.
O
sol ilumina a cidade e aquece os dias.
Os
casais saíram para jantar.
A
bola rolou escada abaixo.
Oração
Uma
frase verbal pode ser também uma oração.
Para
isso é necessário:
-
que o enunciado tenha sentido completo;
-
que o enunciado tenha verbo.
Camila terminou a leitura do livro.
Uma
frase pode conter uma ou mais orações.
Brinquei no parque. (uma oração)
Entrei em casa e fechei a porta. (duas orações)
Comi, rezei
e amei. (três orações)
Período
Período é
a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
completo. O período pode ser simples ou composto.
Período Simples: é
aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração
absoluta.
As
plantas necessitam de cuidados
especiais.
Período Composto: é
aquele constituído por duas ou mais orações. Para saber o número
de orações em um período, basta contar o número de verbos
e locuções verbais.
Quando
você partiu minha
vida ficou sem alegria. (2
orações)
Rimos mais quando estamos brincando. (2 orações)
Cheguei, jantei e fui
dormir. (3 orações)
Parágrafo
Um
texto é um conjunto de enunciados significativos que se organizam em
parágrafos. Os parágrafos, por sua vez, são compostos de períodos. Os períodos
são compostos de orações. Em um parágrafo, os períodos são separados por
pontos.
PERÍODO
COMPOSTO
Quando
um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de
formação:
a)
Composto por Coordenação: ocorre
quando é constituído apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas
sem nenhuma dependência sintática.
Saímos de manhã. (Independente)
Voltamos à noite.
(Independente)
Saímos de manhã e
voltamos
à noite.
b)
Composto por Subordinação: ocorre
quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma
delas (Subordinada) depende sintaticamente
da outra (Principal).
Faltei à aula
para ir
ao médico.
Faltei à aula.
(Independente)
Ir ao médico.
(Dependente, sozinha não é uma frase)
c)
Misto: quando é constituído de
orações coordenadas e subordinadas.
Fui à escola e
busquei
minha irmã que estava esperando.
<1> Fui à escola. (Independente,
coordenada com <2> )
<2> Busquei minha irmã. (Independente,
coordenada com <1> e principal de <3>)
<3> Estava esperando.
(Dependente, subordinada a <2>)
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Em
um período composto por coordenação as orações são independentes. Quando as
orações do período são separadas apenas por uma pausa, isto é, por uma vírgula,
as orações do período são assindéticas.
Quando uma oração é introduzida por conjunção,
é sindética.
Corri, nadei, pedalei.
(Assindéticas)
Eu persisti, logo venci a prova. (Assindética + Sindética)
As luzes apagaram-se, abriram-se as
cortinas e começou o espetáculo. (2
Assindéticas + 1 Sindética)
Classificação das Orações
Coordenadas Sindéticas
De
acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas
sindéticas podem ser:
a)
Aditivas
Expressam
ideia de adição. As conjunções coordenativas aditivas típicas são <e> e <nem>.
Podem também estar ligadas pelas locuções <não
só... mas (também),
tanto...como> e
semelhantes.
Discutimos
e analisamos
possíveis soluções.
Não
corri nem acreditei
nem insisti.
Chico
Buarque não só canta, como também compõe.
Ela
é não apenas bonita, mas inteligente.
b)
Adversativas
Exprimem
fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada
anterior, estabelecendo contraste ou compensação. A conjunção adversativa
típica é <mas>. Emprega-se também: <porém, contudo,
todavia, entretanto> e
as locuções <no entanto, não obstante, apesar
de>.
O
amor é difícil, mas tentamos mesmo assim.
O país é rico; o
povo, porém, vive em miséria.
Tens
razão, contudo controle-se.
O
time jogou muito bem, no entanto, não conseguiu a vitória.
Votaram
neles, não obstante a
polêmica.
c)
Alternativas
Expressam
ideia de alternância de fatos ou escolha. A conjunção
típica é <ou>. Empregam-se também: <ora...ora, quer...quer...,
seja...seja, etc>.
Diga
agora ou cale-se
para sempre.
Ora age
com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei
lá, quer faça
chuva, quer faça sol.
d)
Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes
à oração anterior. As conjunções típicas são <logo,
portanto e pois>.
Usa-se ainda <então, assim, por isso,
por conseguinte, de
modo que, em vista disso, etc>.
Não
tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A
situação econômica é delicada; devemos, pois, agir
cuidadosamente.
O
time venceu, por isso está classificado.
Aquela
substância é toxica, logo deve ser manuseada com cuidado.
e)
Explicativas
Indicam
uma justificativa ou uma explicação referente ao fato
expresso na declaração anterior. As principais são <que,
porque e pois (anteposto
ao verbo)>.
Vou
embora, que cansei de esperá-lo.
Vinícius
devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu
aniversário.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
Subordinadas Adjetivas
Uma
oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo.
As orações vêm introduzidas por pronome
relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
(1)
Esta foi uma redação perfeita.
(2)
Esta foi uma redação que fez sucesso.
Note
que em (1) o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo perfeita. Em (2), a oração “fez sucesso” também caracteriza o substantivo
redação, utilizando o pronome relativo que para fazer esta conexão. Deste modo, a oração “que fez
sucesso” é classificada como subordinada adjetiva. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome
relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o
papel que seria exercido pelo termo a que refere (geralmente o antecedente).
OBS:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome
relativo que: ele sempre pode ser substituído por <o qual, a qual, os quais, as quais>
Refiro-me
ao aluno que é
estudioso.
Refiro-me
ao aluno o qual é estudioso.
Classificação das Orações
Subordinadas Adjetivas
Na
relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas
adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes:
Restritivas
Há
aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a
que se referem, individualizando-o. Essas orações nunca estão isoladas por pausa
(vírgulas ou travessão).
Fui
salvo por um homem que
passava naquele momento.
Nesse
exemplo, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o
sentido da palavra <homem>. Trata-se de um homem específico. A
oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os
homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.
Explicativas
Existem
também orações que realçam um detalhe ou ampliam dados sobre o
antecedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas orações
geralmente estão separadas por vírgula (ou travessão).
Fui
salvo por Jesus, que é o caminho e a verdade, antes mesmo de nascer.
Nesse
exemplo, a oração em destaque não tem o objetivo de restringir o sentido
do substantivo Jesus. Na verdade, essa oração apenas apresenta algo que
qualifica o substantivo Jesus, o fato de ser o
caminho e a verdade.
Obs:
A presença da vírgula pode mudar o significado da oração subordinada adjetiva:
(1)
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
(2)
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
No
período acima, podemos afirmar com segurança que, no exemplo (1), a pessoa que
fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora
em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, tem seu sentido
limitado, logo a oração é subordinada adjetiva restritiva. No exemplo (2),
é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem
apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão
more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento
identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar, logo é uma oraçã subordinada adjetiva explicativa.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
Subordinadas Substantivas
A
oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem
introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que,
se).
Suponho
que você
foi à biblioteca hoje.
Você
sabe se o
presidente já acordou?
Os
pronomes interrogativos (que, quem, qual) também podem
introduzir orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios
interrogativos (por que,
quando, onde, como).
O
garoto perguntou qual era o telefone da moça.
Não
sabemos a razão por que a vizinha se mudou.
OBS:
A oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome "isso":
O
garoto perguntou isso. (isso = Objeto direto)
Não
sabemos a razão disso. (disso = Complemento
Nominal)
Este
método facilita a identificação da ocorrência de oração subordinada substantiva
e da função sintática exercida, que é a mesma do pronome isso.
Classificação das Orações
Subordinadas Substantivas
De
acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada
substantiva pode ser:
a)
Subjetiva
É subjetiva quando exerce
a função sintática de sujeito do verbo da oração principal.
É
fundamental que você
compareça à reunião.
Isso é fundamental. (isso = sujeito)
Convém que não se atrase na
entrevista.
Isso convém. (isso = sujeito)
Ficou
provado que não
sou racista.
Isso ficou provado. (isso = sujeito)
Sabe-se que Aline não gosta de
Pedro.
Sabe-se isso.
Isso se sabe. (isso = sujeito)
Obs.:
quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração
principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.
b)
Objetiva
Direta
A
oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto
direto do verbo da oração principal.
Todos
querem que você seja aprovado.
Todos
querem isso. (isso = Obj. Dir.)
A
professora verificou se todos
alunos estavam presentes.
A
professora verificou isso. (isso = Obj. Dir.)
Queriam
saber quem era o dono do carro
importado.
Queriam
saber isso. (isso = Obj. Dir.)
Eu não
sei por que ela
fez isso.
Eu não
sei isso. (isso = Obj. Dir.)
c)
Objetiva
Indireta
A
oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto
indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Meu
pai insiste em que eu estude.
Meu
pai insiste nisso. (nisso = objeto indireto)
Marta
não gosta de que a chamem de
senhora.
Marta
não gosta disso. (disso = objeto indireto)
d)
Completiva
Nominal
A
oração subordinada substantiva completiva nominal completa
um nome que pertence à oração principal e também vem marcada
por preposição.
Sentimos
orgulho de que você se
comportou.
Sentimos
orgulho disso. (disso
= Compl. Nom.)
e)
Predicativa
A
oração subordinada substantiva predicativa exerce papel
de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre
depois do verbo ser.
Nosso
desejo era que ele
desistisse.
Nosso
desejo era isso. (isso = predicativo
do suj.)
f)
Apositiva
A
oração subordinada substantiva apositiva exerce função
de aposto de algum termo da oração principal.
Ela
tinha sonho: que o dia do seu casamento chegasse.
Ela
tinha sonho: isso. (isso = aposto)
Obs: Apesar
de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas
substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por <de> ou <por> +
pronome indefinido.
O
presente será dado por quem o comprou.
O
espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
Subordinadas Adverbias
Uma
oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto
adverbial do verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir
circunstância de tempo modo, fim, causa, condição, hipótese, etc.
Quando desenvolvida, vem introduzida por conjunções subordinativas (com
exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução
conjuntiva que a introduz.
Quando vi a estátua, senti
calafrios.
Observe
que a oração em destaque agrega uma circunstância de tempo. É, portanto,
chamada de oração subordinada adverbial temporal. Os adjuntos
adverbiais são termos acessórios que indicam uma circunstância. A
classificação do adjunto adverbial depende da exata compreensão da
circunstância que exprime:
a)
Causa
A
ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um
determinado fato, ao motivo do que se declara na oração principal.
"É aquilo ou aquele que determina um acontecimento”. Principal
conjunção: <porque>. Outras conjunções
e locuções causais: <pois, pois que, já que,
uma vez que, visto
que, como>.
As
ruas ficaram alagadas porque a chuva foi
muito forte.
Como ninguém se interessou, o
projeto foi cancelado.
Já que você não vai, eu
também não vou.
Por ter muito conhecimento, é
muito procurado.
(Porque tem muito conhecimento é sempre consultado.)
b)
Consequência
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que
é consequência do que se declara na oração principal. São
introduzidas pelas conjunções e locuções: <que,
de forma que, de
sorte que, tanto que, etc.> e
pelas estruturas <tão...que, tanto...que, tamanho...que>.
É
feio que dói. (É tão feio que, em
consequência, causa dor.)
Nunca
abandonou seus ideais, de sorte que acabou vencendo.
Tão forte era que destruiu os portões.
c)
Condição
Condição
é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou
não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na
oração principal. Principal conjunção: <se>. Outras conjunções
condicionais: <caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a
não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no
subjuntivo)>.
Se for bem elaborado, seu
trabalho será o melhor.
Uma vez que todos aceitem, assinaremos
o contrato.
Caso você se case, convide-me
para a festa.
Não
saia sem que eu permita.
Conhecendo os
alunos,
o professor não os teria punido.
(Se conhecesse os alunos, o professor não os
teria punido.)
d)
Concessão
As
orações adverbiais subordinadas concessivas indicam concessão às ações do verbo
da oração principal. Principal conjunção: <embora>. Utiliza-se também a
conjunção: <conquanto> e as locuções <ainda que, ainda
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que>.
Ele irá somente se ela não for. (Condicional)
Ele irá mesmo
que ela não vá. (Concessiva)
(Ele
concede ir se ela não for)
Diferente
da oração condicional, em que a ação principal ocorre
somente se for satisfeito algo, a oração concessiva permite (concede) que a ação principal ocorra apesar de algo. Assim,
no exemplo acima, o fato de “ele” ir acontecerá independentemente (apesar) de “ela não ir”. Outros
exemplos:
Embora fizesse calor, levei
agasalho.
(levei agasalho apesar de “fazer calor”)
Conquanto tentasse, não conseguia
esconder sua orientação.
(não conseguia apesar de “tentar”)
Seria
aprovado sem que tivesse estudado.
(Seria independentemente de “estudar”)
e)
Comparação
As
orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem
uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal.
Principal conjunção: <como>. Utilizam-se
com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau comparativo dos
adjetivos e dos advérbios: <tão...como, tão...quanto, mais (do) que,
menos (do) que>.
Ele
dorme como um urso.
Sua
sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência.
O
orador foi mais brilhante do que profundo.
OBS:
É comum a omissão do verbo nas orações subordinadas adverbiais comparativas.
Eles
fazem como os adultos (fazem).
No
entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não ocorre.
Ela
fala mais do que faz.
f)
Conformidade
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia
de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a
execução do que se declara na oração principal. Principal conjunção: <conforme>. Outras conjunções
conformativas: <como, consoante e segundo
(todas com o mesmo valor de conforme)>.
Fiz
o bolo conforme ensina a receita.
Consoante reza a lenda, o mal
foi vencido.
Segundo relatório do órgão, o
Brasil é muito desigual.
g)
Finalidade
As
orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção,
a finalidade daquilo que se declara na oração principal. Principal
locução conjuntiva: <a fim de que>. Outras
conjunções finais: <que, porque (= para que)> e a
locução conjuntiva <para que>.
Aproximei-me
dela a fim de que me visse.
Abri
a porta para que minha namorada
entrasse.
h)
Proporção
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva: <à proporção que>. Outras locuções
conjuntivas proporcionais: <à medida que, ao passo que>. Há
ainda as estruturas: <quanto (mais / menos)...(mais / menos), quanto (maior
/ menor)...(maior / menor)>.
À proporção que estudávamos,
acertávamos mais questões.
Visito
meus amigos à medida que eles me convidam.
Quanto mais
você quer, menos tem.
Obs:
<À medida que> é uma conjunção
que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser substituída por <à proporção que>. <Na
medida em que> exprime uma ideia de causa e equivale a
<tendo em vista que> e só nesse
sentido deve ser usada.
Na medida em que há provas contra esse
homem, ele será preso e o julgamento ocorrerá por um tempo à medida que mais provas sejam aceitas.
i)
Tempo
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia
de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo exprimir
noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal conjunção
subordinativa: <quando>. Outras
conjunções subordinativas temporais: <enquanto,
mal> e locuções conjuntivas: <assim que, logo que,
todas as vezes que, antes
que, depois que, sempre que, desde que, etc>.
Quando você foi embora,
chegaram outros convidados.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Mal você saiu, ela
chegou.
Terminada a
festa, todos
se retiraram.
(= Quando terminou a festa)
ORAÇÕES
REDUZIDAS
Observe
as orações destacadas:
(1)
É um desperdício comprar tanta comida.
(2)
Ouvimos uma criança chorando na praça.
(3)
Comprada a casa, a família mudou-se.
Veja
que as orações em destaque não são introduzidas por conjunção. Além disso, os verbos estão em suas
formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). As orações que apresentam
essa forma recebem o nome de Orações
Reduzidas. Para reconhecer mais facilmente o tipo de oração que está sob a
forma reduzida, podemos desenvolvê-la da seguinte maneira:
I) Substitui-se
a forma nominal do verbo por um tempo do indicativo ou do subjuntivo;
II) Inicia-se
a oração com um conectivo adequado (conjunção,
pronome relativo),
de modo que apenas a forma da frase seja alterada, e não o seu sentido.
Forma
Desenvolvida de (1):
É
um desperdício que compre
tanta comida.
Análise
da Oração: subordinada substantiva subjetiva.
Função
sintática: Sujeito.
Assim,
a oração em destaque em (1) é uma oração subordinada substantiva subjetiva reduzida
de infinitivo.
Forma
Desenvolvida de (2):
Ouvimos
uma criança que chorava
na praça.
Análise
da Oração: subordinada adjetiva restritiva.
Função
sintática: Adjunto adnominal.
Assim,
a oração em destaque em (2) é uma oração subordinada adjetiva restritiva reduzida
de gerúndio.
Forma
Desenvolvida de (3):
Quando comprou a casa, a
família mudou-se.
Análise
da Oração: subordinada adverbial temporal.
Função
sintática: Adjunto adverbial.
Assim,
a oração em destaque em (3) é uma oração subordinada adverbial temporal reduzida
de particípio.
Obs:
Algumas orações reduzidas são fixas, isto é, não são passíveis de
desdobramento.
Tenho
muita vontade de comprar este vestido.
Este
homem enriqueceu vendendo pastéis.
OBS:
o infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações reduzidas quando
fazem parte de uma locução verbal.
Preciso
estudar mais este semestre.
Os
palhaços estão divertindo as crianças.
A
viagem foi cancelada pela agência.
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22 comentários:
Parabéns, esse é o meu site preferido quando se trata de português :).
Obrigado! Fiz o blog especialmente para ajudar quem não tem acesso a material de estudo sobre Português. Gostaria de poder fazer mais, falta-me tempo.
Parabéns por compartilhar esse valioso material!
Ótimo site! Parabéns! Sou universitária e gosto muito de pesquisar assuntos relacionados com minhas aulas. Agora achei o que procurava. Obrigada.
e póssivel imprimie o material direto do site. obrigado
Excelente site, o melhor disparado !!! Pena que há muita coisa para aprender !!!! Como a nossa gramática é complicada, cheia de nove horas.
Adorei
Mas só precisava de exemplos
Gostei muito tá !!!
Gostei muito da organização de todo o site. As cores nas palavras ajudam muito a diferenciar cada função! Obrigada por compartilhar
Verbo Ter
1a pessoa - Eu TENHO
3a pessoa - Ele TEM
Esse site é excelente, estudei todos os assuntos contidos nele, explicações didáticas bem detalhadas. Estou estudando para concurso e adorei esse site. Só uma sugestão, gostaria que houvesse um espaço separado para o uso do "se" para diferencia-lo de pronome reflexivo, pronome reciproco e partícula apassivadora.
Muito bom. Adorei aprendi bastante
Melhor explicação. Simples e eficiente! Parabéns!
Basta-lhe uma palavra apenas.
nesta frase, bastar é VTI, e o sujeito quem seria??
Uma palavra basta a ele.
basta é VTI, seu OI é "a ele" , ou melhor, "lhe".
O sujeito da frase é "Uma palavra".
Por fim, "apenas" não tem função sintática, é um termo expletivo, tem apenas relevância semântica para dar realce, no caso, de limitação.
parabéns, as explicações são concretas!
Muito bom ! Nota:9,5
Darei 10,0 se fizer uma lista de exercicio depois de cada assunto e um gabarito com as respostas !
Gostei mt da sua explicação sobre esse assunto. Obrigada.
O António, não sai até a chegada do novo informatico.
Como analizar esta frase? Isto quer dizer substituição do antigo?
Na frase "muita gente vive sem trabalho" muita é adjunto adnominal numeral?
Me ajudou muito. Obrigado.
Me ajudou muito. Obrigado.
esse site é perfeito
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